Agito cultural RJ no cinema
Um Blog Oriundo do Grupo Agito cultural RJ, que reúne o melhor da sétima arte, com criticas, indicaçoes, resenhas e filmes completos direto do nosso Gdrive para Dowload.
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
Irmã e duas ex-mulheres relembram finado compositor em documentário.
produção executiva Rodrigo Letier
montagem Pedro Bronz, edt
coordenação de produção Lorena Bondarovsky e Leo Ribeiro
pós-produção Anna Julia Werneck
imagens Roberto Berliner
pesquisa Patricia Pamplona
finalização de imagem Hebert Marmo
edição de som e mixagem Denilson Campos
co-produção Canal Brasil
patrocínio SEC/RJ e Riofilme
apoio Pavê
A Batalha do Passinho
Fonte. Br Cine
domingo, 12 de janeiro de 2014
De Repente Pai chega ao Brasil
Na comédia, personagem de Vince Vaughn descobre que é pai de 533 criançasNo final de semana repleto de estreias, a comédia "De Repente Pai" chega às telonas do Brasil nesta sexta, dia 10 de janeiro. No longa, protagonizado por Vince Vaughn, um homem de meia idade descobre ter sido pai de 533 crianças, através da doação de esperma.
Vince Vaughn é reconhecido por personagens descolados, com falas ágeis, poucos sentimentos,
muita ironia e algum ar de galã. O descompromisso é a marca registrada dos papéis do ator, que agora tenta mudar essa imagem com a responsável comédia De Repente Pai. Saem as mulheres, a bebida e palavrões e entram filhos, família e conselhos. o filme se trata de um homem que trabalha num açougue tem problemas financeiros e ainda deve $80.000, para tentar pagar a divida decide plantar maconha. david é um cara muito irresponsável, mais isso muda quando descobre que é pai de 533 filhos por doar varias vezes esperma, e para piorar sua namorada esta gravida... é um filme engraçado porem muito bonito, fala sobre o amadurecimento dos homens quando viram pais, pois quando ele descobre que é pai faz de tudo para melhorar, ser um bom exemplo para os filhos, minha parte preferida foi quando ele conhece um por um e começa a ama-los, o filme foca tambem no drama dos adolescentes na busca de um pai, david vê que fez a diferença na vida dos personagens coadjuvantes brett e o pai de david são ótimos, mais o filme é otimo! começar esquecendo que "De Repente Pai" é um remake e então veremos a própria essência desse filme. Aos fãs de Vince Vaughn, não irão ver mais um adulto fanfarrão, alias, não depois dos dez primeiros minutos. Gosto de imaginar que os personagens antigos eram o passado de David (Personagem de Vince) , mostrando agora o crescimento do ator com os seus personagens em um só, o que se torna mais fácil de comprar o filme; rapidamente vemos tal crescimento ao saber dos seus 533 filhos (talvez seja esse um dos poucos defeitos do filme, o personagem evoluir rapidamente). Apesar dos seus defeitos, "De Repente Pai" nos faz chorar, ao mesmo tempo, por rir demais ou por ser emocionante. Na questão do riso, Vince tem a bela ajuda de Chris Pratt (Parks and Recreation), principalmente nas cenas do tribunal e do veredito. A parte emocionante do filme já é maior, o que o leva de comedia para uma "dramédia", ver David se importando com seus "novos" filhos, sendo uma especie de anjo da guarda para eles se torna algo único e lindo, ele passa pela vida de vários deles, ajudando-os com gestos simples ou de grande importância para as suas vidas,Spoiler : mas um em especial, que não preciso citar, no momento em que veem, saberão de imediato a quem estou me referindo, a primeira cena com o tal chega a ser impossível não ficar com "o coração na mão". Notável o jeito que o personagem vem se importando cada vez mais com seus filhos, no ultimo do período "anjo da guada" é que o filme entra em uma especie de "parte 2", que ele cai na realidade de que 533 filhos não é pouca coisa, a partir disso, a historia claro, começa a se desenvolver mais rápido, os risos se tornam mais frequentes ou até as lagrimas. Uma ameaça a vida de David se torna a bola da vez do filme e fica revezando com os 533 filhos a atenção dos espectadores, a partir daí a historia vem a tona com mais clareza, chegamos no fim com o famoso "felizes para sempre" das comedias, mas com o diferencial, que esse agrada. Outros aspectos notáveis do filme e a trilha sonora que passa pelo rock do The Strokes, o cenário total do filme, a bela Nova Iorque também impressiona ao ser mostrada em outro ângulo, sem as festas ricas ou a famosa de "pobreza" do Brooklyn e por incrível que pareça os coadjuvantes do filme não fazem feio e são reconhecíveis para muitos cinéfilos e "sériemaniacos". Ao todo "De Repente Pai" é um filme para qualquer um que gosta de se divertir e que sabe extrair as mensagens do texto e do video com o coração e einteligencia;EUA , 2013 - 105 min
Vince Vaughn é reconhecido por personagens descolados, com falas ágeis, poucos sentimentos,
muita ironia e algum ar de galã. O descompromisso é a marca registrada dos papéis do ator, que agora tenta mudar essa imagem com a responsável comédia De Repente Pai
Ken Scott
Vince Vaughn, Chris Pratt e Cobie Smulders.
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
Além da Fronteira
Além da Fronteira
por Giselle Costa em in Cinema, Críticas
Você consegue imaginar uma boate gay em Israel? E um palestino todo “montado” com acessórios femininos? Pense num cara que de dia se encontra na função “caretinha” e à noite está no palco dando show. Perceba que essa pessoa poderia ser qualquer um entre nós aqui no Rio de Janeiro. Quem sabe o que faz aquele seu colega de trabalho na calada da noite, sim, aquele mesmo com quem você discute sobre futebol enquanto para pra tomar um cafezinho num canto da empresa? Abaixo da linha do equador, não existe pecado (ao menos eu acredito que não exista). Por aqui ver travestis circulando nas ruas é comum, apesar de ainda existirem repercussões negativas e violentas ao se adotar um estilo de vida como esse, ou qualquer outro, que esteja fora da heteronormatividade.
O longa-metragem de estreia Além da Fronteira,do diretor Michael Mayer, expõe um pouco como é ser gay e ter um enlace amoroso com seu inimigo político, ideológico e religioso, escolhido pra si bem antes de nascer. Roy (Michael Aloni), o charmoso e belo judeu que trabalha como advogado e Nimr (Nicholas Jacob), o bonito e boa praça estudante palestino de psicologia, se conhecem numa boate em Tel Aviv. Logo eles se apaixonam e terão que lutar pra continuarem juntos. Talvez haja uma falta de química entre os dois atores, apesar do Michael Aloni conseguir atuar de uma forma mais verdadeira e consistente. O diretor israelense poderia ter trabalhado mais o lance da intimidade e cumplicidade entre eles. Já o roteiro possui alguns furos. Nada que comprometa a boa história ou a agilidade da narrativa.
Atravessar a fronteira não é um simples ato pra nenhum dos lados. Demanda autorização, checagens. Nimr dá escapadelas à noite do território palestino para Tel Aviv em busca de diversão. Na boate gay, ele se diverte sem maiores preocupações. A vivência de tudo isso acaba fazendo-lhe descobrir um pouco mais sobre si mesmo. A sensação de passar incólume reforça a coragem e a força de buscar plenitude. Sem que Nimr saiba, a agência de segurança de Israel está o monitorando, assim como todos os outros que transitam e/ou habitam naquele território. Ser gay em Israel não é bom, porém, na Palestina, significa ser condenado à morte ou ser renegado pela família, que cairá em desgraça, se alguém o souber. Em todos os países árabes, mesmo que não haja uma legislação sobre o tema, a tolerância é praticamente nula. Nimr sabe o risco que corre. Quando consegue licença para frequentar mestrado em Tel Aviv é como se uma porta abrisse. Seu irmão Nabil (Jameel Khouri), não gosta da ideia, pois seu lance é o confronto armado, a violência como meio de obter o que se deseja e que não é permitido. Mas de alguma forma ele admira inteligência de Nimr.
No decorrer do filme a tensão entre os irmãos só cresce. Teremos violência versus educação e direitos humanos. Nabil acha que ao ser violento fará com que o outro se intimide e aceite as condições que lhe forem impostas num cenário onde tudo e todos são vigiados, muitas vezes até chantageados em prol do padrão desejado de comportamento.
Quando as coisas apertam, em termos de perseguição, Nimr pensa em deixar o território palestino de vez e ir em direção a Europa. Seu namorado dá uma negativa. Aquela terra tem muito significado e não seria fácil deixá-la pra trás. A Agência de Segurança segue apertando o cerco e não deixará nenhum deles em paz até conseguir o que deseja; matá-lo. A única alternativa que sobra ao jovem psicólogo é matar ou morrer. Seus ideal de vida não comporta a política praticada por nenhum dos dois lados. E assim se vê fadado ao exílio. O final em aberto do filme defende o argumento de que nem tão cedo teremos um desfecho positivo para qualquer um dos lados, uma vez que nem judeus, nem palestinos demonstram disposição pra negociarem em prol da paz.
BEM NA FITA: boa direção, bons atores, roteiro envolvente e agilidade de narrativa.
QUEIMOU O FILME: o roteiro possui alguns furos.
FICHA TÉCNICA:
quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
UM estranho no lago
Um Estranho no Lago | Crítica
Suspense verdadeiramente hitchcockiano restabelece o sentido do voyeurismo, cenas de sexo gay explicito e muito nu frontal!
Um Estranho no lago
Por Magno Martins
O filme francês Um Estranho no Lago, dirigido por Alain Guiraudie, mostra um universo gay muito diferente, lúdico até por demais. A história gira em torno de um lago, onde diversos homens gays vão para curtir um espaço de nudismo. Sim, neste filme, homens são mostrados com nu frontal. Nada demais com relação à isso, afinal, o nu tem sua importância, sim, e muitas pessoas procuram filmes de temática GLBT para apreciar também corpos nus de atores e atrizes.
Não há problema algum com relação ao nudismo do local, porém a forma com que a história foi abordada no filme realmente deixou a desejar. No filme, homens vão para “caçar” e cenas de sexo explícito entre os frequentadores do local são mostradas. O primeiro deslize do diretor talvez tenha sido não se posicionar de forma eficiente entre o erótico e o teor sexual, puramente.
Alfred Hitchcock teria dificuldade de fazer seus suspenses atualmente porque hoje tudo é voyeurismo, e um senso de perigo se perdeu nos nossos tempos, com a banalização do olhar e o fim da privacidade. Diante de um filme como Um Estranho no Lago (L'Inconnu du Lac), porém, talvez o mestre das ameaças e do pudor considerasse que nem tudo está perdido.
Longas do diretor francês Alain Guiraudie, como O Rei da Fuga e este Um Estranho no Lago, partem de premissas policiais para lidar com a criminalização dos gays - um anacronismo que persiste em pleno século 21 - mas sem tornar isso um panfleto. Na verdade, no exercício de fazer de Um Estranho no Lago um suspense pura e simplesmente, Guiraudie consegue tratar do flerte enquanto risco, e do sexo enquanto aventura, sem incorrer em qualquer juízo de valor.
É como um microcosmo do mundo de hoje que o lago primeiro se apresenta, um lugar onde todos se exibem e se observam, bovinamente, sem pudor e sem anonimato. Guiraudie recorre ao crime não só para restabelecer um sentido de voyeurismo mas principalmente de perigo. E como nos melhores suspenses, a ameaça em Um Estranho no Lago é absolutamente física, presente, ainda que não esteja sempre à vista, e daí vem a atração que ela exerce, como um corpo apolínio que sai da água devagar, banhado em contraluz.
Não há clichê mais mal utilizado do que dizer que tal filme é hitchcockiano, mas isso sem dúvida se aplica a Um Estranho no Lago. O cenário de Guiraudie é falsamente plácido como a Bodega Bay de Os Pássaros ou o condomínio de Janela Indiscreta, e a partir do momento em que um crime macula essas paisagens harmônicas elas incorporam a violência - no filme francês, as árvores se agitam violentamente com o vento e até uma correnteza parece afligir o lago.
Filho de fazendeiros, o diretor francês não deve ter passado pela mesma formação católica traumatizante do cineasta britânico, mas, como nos filmes de Hitchcock, o perigo em Um Estranho no Lago vem acompanhado de um senso cristão de moral e culpa, que Guiraudie automaticamente questiona. Quando um detetive interroga Franck sobre o assassinato, não esconde a reprovação:"Como vocês conseguem voltar aqui depois do que aconteceu?". Franck dá uma resposta absolutamente francesa - "não podemos parar de viver" - mas no fundo talvez essa seja mesmo a única resposta possível.
Voltando para a história, o filme começa até que bem, focando principalmente na amizade entre Franck (Pierre Deladonchamps) e Henri (Patrick d’Assumçao). Franck começa a frequentar o local em busca de um parceiro. Henri, que já vivenciou experiências homossexuais, não se considera gay e frequenta o local para ver o tudo o que acontece. A amizade entre eles cresce cada dia mais, chega até a ser bonitinho, pois Henri foge totalmente dos “padrões e estereótipos” do mundo GLS e Franck é do tipo bonitão que todos desejariam ter pelo menos uma transa. Por um momento, seria até interessante se eles se envolvessem, mas a história toma outros rumos.
Ao presenciar um crime, Franck percebe que aquele lugar é muito perigoso para qualquer um. Essa é uma das partes mais intensas de todo o filme. No decorrer da trama, Franck se apaixona por Michel (Christophe Paou), o criminoso responsável pelo ato. A partir daí, a história entre Henri, Franck e Michel se entrelaça de uma forma arrastada, chegando a cansar toda uma história contada em apenas 97 minutos de filme.
Um Estranho no Lago (L’inconnu Du Lac)
Ano: 2013
Diretor: Alain Guiraudie.
Roteiro: Alain Guiraudie.
Elenco Principal: Pierre de Landonchamps, Christophe Paou, Patrick d’Assumcao.
Gênero: Drama
Nacionalidade: França
Veja o trailer: